30.11.10

pode vir


Eu construi uma escada. Degrau por degrau. Um pouco estreita, longa, mas com uma subida leve, daquelas que a gente quase nem sente.

Sente tão pouco que eu já estava bem lá no alto, quando precisei parar. Mesmo sem querer, precisei parar.

Analisei a situação e percebi que faltava uma viga para que a escada ficasse realmente forte e segura, percebi também que precisava de ajuda para construir.

Peguei o que julgava nescessário para a "obra" e chamei por ti, mas tu continuou estacionado naquele degrau em que eu precisei parar.

Eu vou esperar, mas se tu não quiseres vir...



eu vou continuar subindo.

15.11.10

tô com medo

de não saber mais escrever no blog, mas lá vai.

Há um tempo vinha ouvindo uma música extremamente chiclete na rádio, eu não sabia quem cantava e só conseguia cantarolar o "fuck yooou! OoOo".

Foi então que um amigo me mandou um link com uma pergunta: "Já ouvisse?". Eu abri o youtube e lá estava: CEE LO GREEN - FUCK YOU, era o cara da rádio, a música chiclete. Minha vida fez-se feliz de novo! - tá, exagero

Essa introdução toda foi só pra dizer que eu estou viciada na música e precisando compartilhar essa "alegria". - se tem alguém mais lento do que eu pra descobrir qual é a música:





Fuck You faz parte do álbum "Lady Killer", que foi lançado esse mês e que por sinal ainda não ouvi todo, porque não encontrei pra baixar, logo, me contento com o que tem pelo
myspace do cara. - pode me prender agora -

Mas, o que mais me chamou atenção é que ele, Cee Lo, é o cara que canta "Crazy", do Gnarls Barkley, lembra?





Diferente de Fuck You, não? Acho difícil alguém que de imediato associe os dois trabalhos.

O Gnarls Barkley é um projeto do Cee Lo e do Dj Danger Mouse, li duas histórias distintas sobre como os dois se conheceram, então, contarei as duas e você fica com a que mais lhe agradar.


Uma diz que Mouse conheceu o trabalho do Cee Lo através de uma parceria entre o Outkast e o Goodie Mob, que era um grupo de hiphop que ele (Cee Lo) fazia parte. - e eu não achei muito legal o som dos caras!





A segunda história é que o Dj Mouse abriu um dos shows do Goodie Mob e entregou uma fita para Cee Lo e pediu que, se ele tivesse interesse, entrasse em contato e... Cee Lo não retornou, pelo menos não de imediato, mas antes tarde do que nunca, sete anos depois, rola o Gnarls Barkley, parceria entre o Dj e Cee Lo.

Só que parece que o lance do Green (não o D2, o Cee Lo) é a carreira solo mesmo. Ele já tinha tentado uma vez em 2002, 2004, sem lançar nada com muita expressão, mas não há nada que o Crepúsculo e sua Saga não faça.

Esse ano, uma das músicas de Cee Lo entrou pra trilha do filme Eclipse: What Part of Forever...




e... eu acho que não fez muita diferença na verdade, mas deve ter ajudado para "The Lady Killer" vir bonito, já que em cinco dias Cee Lo Green teve mais de DOIS MILHÕES de visualizações da música no youtube.

pra terminar um ps, bem pequenininho...


ps: se alguém tiver o link do cd, me passa!


ps2: se eu parar de postar, é porque fui presa.


ps3: ou fiquei com preguiça de novo.

ps4: brincadeira, acabou mesmo!








24.6.10

tem alguém na linha

Era como um telefone ocupado. Sem linha, sem sinal, só ali, ocupado.

Ocupado com nada. Ocupado de um vazio gigantesco que engolia o que estivesse em volta. Ocupado de mente. Vazio de mente. Vaziamente.

Apertei o botão e procurei pela linha, mas a única coisa que escutei foi o interminável: "tu tu tu tu..."

E me senti cheia, cheia de "tu".



E onde era vazio, hoje tem tu.

17.6.10

perai

que eu tô voltando...


VIDA!

6.5.10

tenho

me procurado pelos cantos...



mas não encontrei.

26.4.10

Rise


Já era tarde quando tudo escureceu. A luz, que já entrava fraca pela fresta da cortina, de uma hora pra outra sumiu completamente. Era sinal da chuva que viria.

Ela saiu de casa para que pudesse ver melhor o temporal que se armava e se deixou molhar pela chuva. Era uma chuva de palavras que a enchiam de vontade, confiança.
Ela se banhou e acostumou-se com o temporal de palavras, que tinham ficado mais frequentes de um mês pra cá. Então, quando a chuva ameaçava vir, ela corria pra fora. Aquilo era revigorante e vital.

Depois de quase uma semana sem chover, parecia que mais um temporal estava a caminho. Ela se preparou e quando as primeiras gotas começaram a descer, não lhe caiam tão bem. Eram como granizo, a cada queda uma marca. Uma ferida.

Por que tantas perguntas? Tanta coisa que ela nem sabia responder.

Por que tantas perguntas? Talvez porque ela nunca havia sido questionada desse jeito.

"Por que as perguntas doem tanto?" - pensou ela, enquanto procurava algum abrigo.

Por que ter que responder agora, se ainda tem tanto caminho pra trilhar?

Por que dói mais vindo daí?

Por que falta a chuva de respostas e sobra a chuva que vem dos olhos?

Por que só a prova é o suficiente?


Porque se eu precisasse responder, eu diria: "se você tiver de andar um milhão de quilometros, eu esperarei um milhão de dias para te ver sorrir. através da distância e do tempo, eu estarei esperando".



mas o que vem dai,
eu já não sei.

19.1.10

sobre mudanças imutáveis


Tudo estava claro, como na música de Jimmy Cliff. Tão claro que ofuscava os olhos castanhos já surrados pelo sol e acostumados com a luz. Era realmente uma claridade diferentes das outras clarezas que ela já havia visto.

Até que o sol desapareceu. Não eram nuvens escuras, pesadas, sinômino de chuva. Eram nuvens brancas, mas que de qualquer forma, não a deixavam ver o sol.

Ela até tentou espantá-las com as mãos. Que tolice! Nuvens não podem ser pegas com as mãos. Elas escorregam entre os dedos e continuam por lá, como uma fumaça branca, mas que nem de longe sinalizam a paz.

Na verdade, essas nuvens são quase um S.O.S desesperado do subconsciente lembrando de que algo ainda está lá.


Pra onde foi a certeza da mudança? Como pode viver com os passos amarrados? Por que a nuvens simplesmente não passam e a canção não soa como um disco arranhado?




é que quando eu acho que mudei,



percebo que continuo no mesmo lugar.